sexta-feira, 29 de julho de 2011

Indigente


Faíscas saem dos olhos
É o olho que apaga as ideias,
Sombras, travestismos e
roupas inadequadas conforme a lei.
Casa, comida,
Chão, teto e paêtes,
Fissura na parede, o teto desaba
a rede, o tempo e o nada.
Contarão ao velho
a mesma página amarela.
Contarão para que todos saibam,
Sem medo, sem documentos a expor.
Indigente somos,
Na indulgência torpe.
Abaixe o cano da arma,
Perca a ereção,
O tesão da cama limpa,
Mas o amor, não.