sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Perdição IV

Saberá,
Morte vem do tempo que falava versos soltos,
Palavras concretas nunca destilaram ventos,
E a infinita paciência cessa com o peso do cobre que cobre o corrosivo tecido,
Tecido entre os tecidos de juízo,
Julgam ter sonoras evidências,
De vida fora da vida.
Saberá,
É o feto que destrói o mundo,
É o esperma e o óvulo do máculo da humanidade.
Outrora, sementes gastavam realidades, presas e galhos em velcro, seda...
Ceda o que for.
Me desgastei outonos enquanto
as oliveiras secam nos rios ao longe, como o Egeu em magnitude.
Cadeia de feixes-luz, contraportos,
Em massivas faixas solares me entrecorto em três
ou mais,
Tanto faz o que se pensa, não pensa-me mais.
Saída vermelha.