sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Ciclope

É doce pedaço de sonho,
Pedra inerte no mar de fantasias
Pedra aquela que não afunda entre as plantas aquáticas
Plantas desafiadoras, plantas lunáticas,
De luas meia lua, meia hora, meio tempo
E meia cáqui, preta ou branca,
Tanto faz.
Calado, calo-cansa, casa-tensa,
Encontramos alguns refúgios, sala-adentro, casa-afora.
Fora menino, fora sorriso,
É homem de pedra,
Vitorioso, homem meu,
Vence o ciclope vida,
Sonho teu.
Volta que eu te espero renascer,
Vem que eu te quero pertencer.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Carne-Mãe





Arquitetou a ponta do atame mais mortal,
Com as bordas desse imoral
coração alado.
Perfurou com a maldade mais insana,
Com o desejo mais profano
e animal, total
desprendido do metal perdido entre os perdidos,
Solitário entre os presentes,
Mil razões para deixá-lo morrer.
Caminhou até a luz, olhou três vezes ao Céu.
Supôs que a vida esta,
Era só paisagem e passagem indiscreta,
Perfurou o órgão besta-fera,
Debruçou sobre o sangue a salvação.
Hoje a noite é nossa.












Hoje o tempo é dócil.












Hoje o fluido é Carne-Mãe.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Interesse Sublime



Sonhei incondicionalmente com este homem que povoa o meu corpo e mente.
Ora garoto, hora de homem.
Entrava em meu cobertor, sombreava de luz a existência dessa sinergia.
Ah, o desejo! Busque mais me encontrar!
- Lembra daquele plano secreto? Lembra do beijo secreto?
Sei que sabe do que eu falo, falas o que sei ouvir. As vezes.
Entre corpos, portas, copos, luz e sombra; casa, casaco, cama, caminhos...
A porta está sempre aberta a te esperar:
-Vem! A hora é essa e quando sequer pensar, meu bater orgasmico de coração estará com o teu.
É um daqueles sonhos-realidade, conscientemente singular, num coletivo de dois. É uma única canção com todas as notas.
- Não! São simplesmente eu e você.
Desconstruindo a liberdade alucinada e imprevisível da sociedade insaciável de querer julgamentos.
- Libertem-se dessa culpa, outros seres. Não nos doemos por vocês mais.