quarta-feira, 9 de março de 2011

E lá se vai o Carnaval


Era mais um sábado de Carnaval e poderia ser só mais um; mas eu te esperava como era de ser, desde que os olhos haviam se cruzado. Torcendo os dedos, integrava em contagem muda o tempo que começava a passar com a paisagem azul-cinza da cidade faixa-verde, onde carros vinham e saiam do lugar qualquer. Um deles nos levou pra onde passaríamos os dias de folia. Sim, houve folia e essa nos foi a maior e melhor surpresa. Pela primeira vez eu haveria de viver um Carnaval sem máscaras, nem confetes, quanto menos serpentinas. Nem por isso foi, ao longe, uma comemoração triste. Foi das minhas, a melhor. Eu tinha vinho, boa comida;
uma gata que, com suas almofadinhas me ama até ao me arranhar,
seu toque, jogos, Dalmasca;  e novamente sua pele a me envolver... Chuva-Sol-Lua-Frio-Calor-Amor.
Houve tudo o que merecíamos, até um pequeno caco de vidro, que não deveria ter nos ferido em vão. Porém, feriado é assim, convivência nem sempre é fácil, mas se fosse também não seria a nossa vida. Nada que desculpas e beijos secretos não resolvam não é?
Só sei que nem um dia a mais ou a menos, e nenhum foi mais ou menos, e até um bonsai eu ganhei. Ganhei sorrisos, abraços, beijos, carinho; família com todos os ingredientes e acima de tudo o ar dos meus pulmões de volta.
Só não trouxe, ao voltar pra casa meu coração de volta. Este eu deixei aí, guardado e seguro, junto ao teu. Feliz cinzas, e que ela jogue longe as energias que não forem boas e mantenha acesa sempre a nossa chama e a de todos aqueles que sabem o que é ser amado de verdade.

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