terça-feira, 22 de novembro de 2011

Perdição III

Delícia ar convexo,
De vez em andaimes,
Sopra o terço do universo num único verso.
Em bíblicotécnicas,
Desevoluções convergem pensamentos,
Folha de seda,
Capa de couro,
Letras douradas e cetim.
Signos, palavras soltas,
Escreveste tudo, uma história meio-fim-de-tarde,
Num grande olhar a desenganar e quando
Esverdeado o terço passo
parte em vão,
A xícara rompe a asa do anjo caído,
O café se perde.
Mais água em ebulição.

Um comentário:

  1. Nao sei se eh bem o que voce que ler como comentario:
    ("Delícia ar convexo,
    De vez em andaimes,
    Sopra o terço do universo num único verso.")

    Acredito que o eu lrico seria uma pessoa que ao inves de trabalho pesado, manual, esta fazendo outro trabalho: tenta expressar o universo em for apenas um unico verso. O eu lirico pensa nas palavras, nao muito boas (se pensadas mais de uma vez) e escreve, reescreve (Desevoluções convergem pensamentos,) e talvez ate pense na parte fisica da publicaçao de sua grande obra, mesmo que em apenas um verso (Folha de seda,
    Capa de couro,
    Letras douradas e cetim.
    Signos, palavras soltas,)
    Ele escreve sua obra, que ficou uma obra que da a sensação que se sente no final de tarde [pode ou ser de cansaço ou/e de beleza {por do sol}]
    (Escreveste tudo, uma história meio-fim-de-tarde). Percebe que nao esta bom o suficiente a obra nao-madura, feita rapidamente, e a descarta (Num grande olhar a desenganar e quando
    Esverdeado o terço passo
    parte em vão,).
    Mas ele nao vai desistir: Ele bebe o resto do cafe da xicara e vai preparar mais, ou seja: ele vai tentar e tentar e tentar fazer algo de qualidade, mesmo que ele fique até muito tarde da noite.


    :)

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