terça-feira, 29 de março de 2011

Prazer



Enfatizo cada palavra escrita
ora vaga, oralizada.
Reescrevo em papel barato surdas ideias,
Suas ideias,
Minhas.
Pontilho de linhas em carretéis,
Passeio pelos bosques sem árvores
secas ou santas,
Semânticas, de sementes sedentas
Embebidas de amor e sonhos.
Ditado no carteado das coisas absolutas,
Como o bem-querer, absurdo,
Anêmonas se perdem no mar do seu olhar.
Sem querer, solfejo:
- Sou fruto dessa árvore tátil.
Sou densidade em fogo-vulcão
se existem percebidas,
Entidades, entrecortes, introspecto
nas navalhas dos dedos a se tocarem.
Prazer, abraço-te.
Embaralha-me, prazer.
Salda-me salvando o tempo em que eu corria nas alamedas sem flores,
E mantém essa era, tempo cru
Atemporal
Dentro de mim, junto de nós, dentro de ti.

2 comentários:

  1. Lindas palavras e sentimentos intensos!

    :]

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  2. Jogo de palavras sensacional, pra demonstrar sentimentos maravilhosos. Perfeito!

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