sexta-feira, 27 de maio de 2011

Saudade.


Não sei quanto tempo me resta ainda na corrida da vida - se muito ou pouco - só sei que numa curva qualquer sonho em reencontrar você. Sinto falta de cada detalhe, cada carinho e gestos que só você tem.  Quando eu era pequeno, sentia-me inspirado em tudo o que fazia de bonito: da comida que preparava, dos sonhos que me ajudava a interpretar, das lições de caligrafia... Da forma com que mudava as coisas ao nosso redor e guiava minha vida, passando por cima de tantas outras dificuldades. Hoje eu choro, queria teu colo e dizer tudo de maravilhoso que tem acontecido comigo e como eu queria dividir cada momento desse com você. Você que sempre foi minha representação da sabedoria, meu apoio até no que a maioria julga errado. Você sabe o que eu sou, como eu sou e quem sou eu. Temos muito ainda por fazer e por fazer, mas Mãe, queria muito que estivesse de volta ao lar. Não nesse lar, mas num lar que fosse meu e seu, onde vivêssemos essa louca vida, com todas as dificuldades antigas e as virtudes novas. Te amo absolutamente e dói uma dor tão intensa, que todas as outras dores parecem nunca ter existido. Sei que provavelmente não lerá esse relato, mas quem ler, entenda: tudo o que eu sou devo a ela e ao eu que surgiu, do que ela criou. Minha mãe, minha guia.

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