quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Dezembro

Era o último e chovia. Era o desenho tal o da sombra-céu, e caía sobre meus ombros como manto acolhedor. Era tentativa de virar as cartas do jogo, redefini-lo para iniciar uma nova etapa de contos e frases incertas. Era a chance de querer mais, de estar mais onde, quando e com quem me trás a melhor e mais amável paz. Era uma hora a mais no dia, e menos de sono. Era uma certeza uníssona de trazer para perto tudo o que realmente importa para resplandecer a catarse entre os seres que se amam. Era Dezembro, e eu nem me lembro.

2 comentários:

  1. Profundo, complexo, e saboroso. Não sei porquê, mas me lembrou um pouco a Clarice Lispector. Acho que to empolgado com as aulas de Literatura :3
    Parabéns!

    ResponderExcluir
  2. Fofo, carinhoso, singelo.
    Belo post.

    ResponderExcluir