segunda-feira, 25 de outubro de 2010

120

Revigorado
trazia cravado
no peito, serrilhado,
Uma data
quando a melhor voz,
Do melhor homem,
Te acorda pra te dar bom dia.
Estava frio
quase seco e injusto:
Era fato de logo assim ao abrir-olhos
Não ter seus beijos matinais. 
Mas sabia onde estava tua boca,
E parti na minha Odisseia para terras distantes.
Cavalguei, me perdi
e fiquei faminto, cansei as pernas e
os pés tortuosos me cansaram,
Até recobrar o caminho e pela chuva,
Recobrir o corpo cansado,
E encontrar acalento num banco de madeira molhado,
Cercado de água d'céu,
Com pessoas esfumaçadas a olhar os seus cavalos
e eu sem o meu,
Esperando meu prometido beijo chegar.
Chegou com requintes joviais,
Com sua armadura de aprender,
Em seu rosto sua magia mais forte:
O seu sorriso.
Falaste do meu cheiro,
Falei do que em mim ficou;
Andamos passos juntos, pouco tempo
e a tarde se fechou.
O tocar de lábios tornou-se troféu secreto
mas com vitória garantida,
Esse não é o fim do dia do nobre cavaleiro:
Um dragão-vida ainda é longo
e precisa ser vivido. 


"O maior talento de um homem é o dom de conseguir discernir e assimilar o conhecimento que lhe é oferecido, como uma criança no seu empirismo mais sutil."

Um comentário:

  1. Me lembrei de uma das minhas viagens do estado de vigília. Parecem flash back.

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